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Biografia de autores

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Urbano Tavares Rodrigues

Urbano Tavares Rodrigues nasceu em Lisboa em 1923, passou a sua infância no Alentejo e isto influenciou na sua vida e obra. Licenciou-se em Letras mas foi impedido de exercer a docência universitária em Portugal por motivos políticos, no entanto, foi leitor de português em universidades estrangeiras.

A ficção de Urbano Tavares Rodrigues tem como característica principal a tomada de consciência do indivíduo face a si mesmo e aos outros, processo que se inicia a partir da perspectiva física das personagens até ao reconhecimento de uma identidade social e política. O autor considera que, numa primeira fase, a sua obra foi influenciada pelo existencialismo francês da década de 50; mais tarde, na sequência da sua detenção no forte de Caxias, durante o regime ditatorial, passou a revelar-se como uma literatura de resistência, a que se seguiu um novo período, mais optimista, no pós-25 de Abril. Nos seus últimos livros regressou à literatura de combate e de consciencialização, formulada em termos da interrogação angustiada sobre a crise de valores do ambiente finissecular, e presente nos romances O Supremo Interdito (2000) e Nunca diremos quem sois (2002).

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Eugénio de Andrade

Eugénio de Andrade, pseudônimo de José Frontinhas Neto, nasceu em Póvoa de Atalaia, pequena aldeia da Beira Baixa no ano 1923.Era filho de camponeses e, depois da separação dos pais, passou a sua infância em companhia da mãe, mudando-se com ela para Castelo Branco com sete anos. Foi um dos maiores poetas portugueses contemporâneos e recebeu o Prémio Camões em 2001. Além disso, foi inspetor administrativo do Ministério da Saúde em Lisboa durante 35 anos. 

Em 1936, Eugénio de Andrade começou a escrever seus primeiros versos. O seu primeiro poema Narciso  foi publicado em 1939 e pouco tempo depois começou a assinar como “Eugénio de Andrade”.

Paralelamente ao cargo público, Eugénio de Andrade publicou mais de vinte livros de poesia, publicou obras em prosa, antologia, livro infantil e traduziu, para o português, livros do poeta Federico Garcia Lorca, José Luís Borges, René Char. Entre os poemas de Eugénio, destaca-se As Palavras.

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Agustina Bessa-Luís

Agustina Bessa-Luís nasceu em Vila Meã em 1922. A sua infância e adolescência foram passadas nesta região, cuja ambiência marcará fortemente a obra da escritora. Estreou-se como romancista em 1948 com a novela Mundo Fechado, cujo título actua como que uma espécie de definição de toda a sua produção literária e do próprio mundo de Agustina – na verdade, a ambiência das suas obras vive de «mundos fechados», bem como a sua própria escrita se encontra «fechada» a qualquer tentativa de contextualização, em termos de correntes, na história da literatura portuguesa.

Com o romance A Sibila, no ano 1954, que esta escritora se impõe com uma das vozes mais importantes da ficção portuguesa contemporânea. Os textos desta autora são habitados por uma diferença antiga e inabsorvível entre as figuras do feminino e as figuras do masculino.

Vários dos seus romances foram já adaptados ao cinema pelo realizador Manoel de Oliveira, com quem tem trabalhado e colaborado de perto como por exemplo Fanny Owen (Francisca) ou A mãe de um rio (Inquietude).

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José Saramago

José Saramago nasceu em Azinhaga de Ribatejo no, distrito de Santarém, em 1922, filho de camponeses e com dois anos de idade mudou-se com a família para Lisboa. Destacou-se como romancista, teatrólogo, poeta e contista. Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura: o Prêmio Camões. 

José Saramago estudou em escola técnica onde concluiu o curso de serralheiro mecânico. Trabalhou como serralheiro, foi funcionário público na área da saúde e da Previdência Social. Autodidata, adquiriu grande cultura na literatura, filosofia e história. 

Sua trajetória literária passou por várias fases:

  • A primeira, foi marcada pela poesia, com Os Poemas Possíveis (1966) e Provavelmente Alegria (1970), e pela crônica Deste Mundo e do Outro (1971).

  • A partir do final dos anos 70 dedicou-se ao teatro, escreveu:

    • A Noite (1979), peça que tem como cenário uma redação de um jornal na noite de 24 para 25 de abril de 1974. A peça recebeu o Prêmio da Associação de Críticos Portugueses.

  • A ficção de Saramago começou com o romance Manual de Pintura e Caligrafia (1976). Publicou dois volumes de contos Objeto Quase (1978) e Poética dos Cinco Sentidos (1979).

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Natália Correia

Nasceu nos Açores em 1923 e aos 11 anos deslocou-se para Lisboa. Foi jornalista, dramaturga, poetisa e estreou na ficção com o romance infantil Aventuras de um Pequeno Herói, em 1945.Foi jornalista na Rádio Clube Português e colaborou no jornal Sol. Ativista política: apoiou a candidatura de Humberto Delgado; assumiu publicamente divergências com o Estado Novo e foi condenada a prisão com pena suspensa em 1966, pela Antologia da Poesia Portuguesa Erótica e Satírica.


Deputada após o 25 de abril, fez programas de televisão destacando-se o Mátria que apresentava o lado matriarcal da sociedade portuguesa. Fundou o bar Botequim, onde cantou durante muitos anos, transformando-o no ponto de reunião da elite intelectual e política nas décadas de 1970 e 80. 

Organizou várias antologias de poesia portuguesa como Cantares dos Trovadores Galego-Portugueses ou Antologia da Poesia do Período Barroco. Natália Correia foi uma vereadora de êxito, uma mulher carismática com uma vida social intensa, não fez concessões à mediania e notabilizou-se por uma vasta obra intelectual.

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Mário Cesariny

Mário Cesariny foi um poeta, autor dramático, crítico, ensaísta, tradutor e artista plástico português que nasceu em 1923 em Lisboa. Depois de ter estudado no Liceu Gil Vicente, entrou para Arquitetura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, onde frequentou o primeiro ano, e mudou depois para a Escola de Artes Decorativas António Arroio. Colaborou em várias publicações periódicas como Jornal de Letras e Artes e Cadernos do Meio-Dia, entre outras.


Figura maior do surrealismo português, a influência que viria a exercer sobre as gerações poéticas reveladas nas décadas posteriores aos anos 50, período durante o qual publicou alguns dos seus títulos mais significativos, ainda não foi suficientemente avaliada. Promoveu a técnica conhecida por "cadáver esquisito".

A sua obra poética começou por refletir, em Corpo Visível ou Discurso Sobre a Reabilitação do Real Quotidiano, o gosto pela observação irônica da realidade urbana que, fazendo-se eco de Cesário Verde, constitui ainda uma fase pouco significativa relativamente a volumes próximos da prática surrealista como Manual de Prestidigitação.

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Eduardo Lourenço

Eduardo Lourenço de Faria nasceu em Almeida, São Pedro de Rio Seco, no dia 23 de maio de 1923 e morreu em Lisboa no dia 1 de dezembro de 2020. Ele foi um professor e filósofo português que recebeu vários prémios e condecorações, incluindo o Prémio Camões em 1996. Tem uma biblioteca com o seu nome na Guarda.  De 2016 a 2020 foi Conselheiro do Estado por nomeação presidencial.

Crítico e ensaísta literário, virado predominantemente para a poesia, assinou ensaios polêmicos como Presença ou a Contra-Revolução do Modernismo Português?  n' O Comércio do Porto (1960) ou um particular estudo sobre o neorrealismo intitulado Sentido e Forma da Poesia Neo-Realista (1968). Aproximou-se da modernidade na obra de Fernando Pessoa a propósito da qual deu à estampa o volume Pessoa Revisitado (1973). Indiferente à sucessão de correntes teóricas, e fugindo tanto ao historicismo como a pretensas análises objectivas, a perspectiva de Lourenço influenciou já outros autores, como, por exemplo, Eduardo Prado Coelho, e encontra-se enunciada num livro central, Tempo e Poesia (1974).

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